quarta-feira, 30 de junho de 2010

There is an eye in the sky.

Ufton, Warwickshire
© John Montgomery 2010

O crop circle mais recente foi reportado na sexta feira passada (25/06) em Ufton, Warwickshire (no mesmo dia que a formação dos 205 círculos apareceu em White Sheet Hill). Warwickshire é um condado ao norte de Wiltshire e não é comum os círculos aparecerem por lá. Como a distância física é grande não tive a oportunidade de visitá-lo ainda (nem mesmo o Olivier conseguiu fotografá-lo por enquanto) resolvi escrever um post "didático" e compartilhar a minha afinidade com os desenhos que ilustram o vesica pisces e o "olho que tudo vê".


vesica piscis

O Vesica Piscis é um símbolo que pode ser considerado como um arquétipo de todas as formas de existência do Mundo Imanente - Mundo Criado. É um desenho simbólico representado por um ovóide vertical resultante da intersecção de dois círculos, com dois vértices em suas extremidades, assemelhando-se a dois parênteses que se cruzam e lembrando um desenho esquemático de um peixe. É um modelo básico da própria criação, e por isso entre todos os símbolos ele é o mais significativo. Constitui a base da geometria Sagrada e de inúmeros outros símbolos.

Tenho uma afinidade especial com esse símbolo, desde criança sempre que tinha um pedaço de papel em branco e uma caneta na mão, eu me punha a desenhar um olho.

Há alguns anos, não me lembro exatamente quando, tive um sonho muito específico. Sonhei que estava em uma ilha, e caminhava por um campo muito vasto quando no céu, um grande olho apareceu. Ao seu redor eu podia ver uma espécie de campo magnético vibrante, de cor dourada. Sobre o olho, sete prolongamentos de cores distintas, formavam uma espécie de cocar (é a única palavra que me vêm à mente) e também estavam dentro do campo dourado.
Esse campo projetava no solo um de faixo de luz, e por ele me senti ser atraído e levado.
Não tenho lembrança nenhuma do que aconteceu depois disso, mas lembro de ter acordado com a clara impressão de ter ido para muito, muito longe.

Contei este sonho pra Francine no começo do ano e fiz um desenho do olho. Ela na hora me disse que havia um crop circle parecido com o desenho que eu havia feito, e me mostrou a seguinte foto:

©Francine Blake WCCSG

O primeiro círculo desse ano também traz o vesica piscis/olho, com sete esferas sobre o mesmo (ou sob o mesmo, dependendo de como o vemos) e um círculo "alado". Apareceu em 5 de Maio, próximo a Old Sarum, em um campo de canola.

© Olivier Morel 2010

Outra formação que também apareceu este ano, em canola, próximo a Yarbury Castle. Vemos o vesica piscis inserido dentro de um triângulo, uma formação belíssima:

© Olivier Morel 2010

E uma formação que apareceu em Silbury Hill em 2005, muito parecida com a de Ufton, Warwickshire:

©Francine Blake WCCSG

Em 11/11/07 escrevi o seguinte poema (que depois musiquei) inspirado tal no sonho. Se alguém quiser ouvir a música, está no danielsalve.com.

Gateway

There's a gateway opening
connecting here to there
worlds of light are in between
no beauty to compare
if you're lost you'll find your way
if you're found you shall help others
open up for the new day
holding hands with all your brothers
there is an eye in the sky
hoping you find that portal
we are loved
you and I
don't you know love is immortal?
There's a gateway opening
connecting sun to moon
there's a new time to begin
things will change a lot
and soon


EDUCATE YOURSELF:

http://www.youtube.com/watch?v=zoMk0estzXc



sábado, 26 de junho de 2010

Depende do que você acredita



Noite passada estávamos jantando na casa da Julia, perto de Andover. Um lugar mutio especial, à beira de um riacho de água cristalina, sob a lua cheia. A certa altura da noite, pudemos avistar uma luz no céu, pulsando intensa e silenciosamente. Essa luz passou por nós, nos saudou, e seguiu seu caminho. Nada novo pra mim, já vi muitas vezes, de diferentes formas, cores e em diferentes lugares. É muito comum ver essas luzes sobrevoando os campos por aqui.

Você acredita que luzes fazem os crop circles?

*****

Olivier já havia recebido uma mensagem a respeito de uma nova formação e nos programamos para visitá-la hoje de manhã, após seu vôo para fotografá-la.

Saímos de Devizes rumo aos arredores de uma vila chamada Mere. A indicação era de que o crop circle havia aparecido ali por perto, atrás de uma colina chamada White Sheet Hill.

Rodamos um pouco e percebemos que precisávamos de indicações mais precisas. Nos direcionamos a um Gliding club no topo de uma colina. Certamente alguém já devia ter visto alguma coisa lá de cima.

Os gliders são planadores que são lançados ao ar por uma espécie de macro estilingue, ou guinchados por um aviãozinho. De um jeito ou de outro, é uma coisa bem interessante (e assustadora) de ser vista. Eu nunca tinha visto e mal posso acreditar que essa coisinha sem motor seja capaz de flutuar noa ar.

Gliders (planadores) em fila antes de serem "estilingados" ou "guinchados" ao céu.
Você acredita que essas coisas voam?

Dois senhores distintos, membros do Gliding Club, nos deram as coornenadas precisas para chegarmos ao crop circle. Um deles chegou a dizer que o desenho era muito bonito, mas que obviamente, tratava-se de algo feito por homens. O outro, menos pragmático, citou a teoria do Big Bang e disse que tudo era possível. Um semi-debate semi-começou e preferimos não prolongar a conversa e, educadamente, retornamos ao carro. Acreditamos que seria melhor assim.

Chegamos ao platô de White Sheep Hill, de lá de cima, podíamos avistar o crop circle. Uma formação absolutamente inacreditável.

© Olivier Morel WCCSG

© Olivier Morel WCCSG

Ao entrarmos, algo novo aconteceu. Nos separamos e cada um foi buscar um espaço onde pudesse realizar um determinado tipo de trabalho.
Ficamos algumas horas por ali, contemplando, meditando ou simplesmente andando pela formação.
Um tempo depois o fazendeiro (na verdade o gerente da fazenda) veio até o crop circle, acompanhado de um oficial, pedindo educadamente a todos que nos retirássemos de suas terras, que podíamos contemplar o desenho de longe, mas que não ficássemos mais ali. Susie começou a argumentar de maneira muito educada com o gerente, explicando que ele poderia colocar uma caixa onde as pessoas pudessem depositar uma contribuição pelos danos causados (pelas visitações) à plantação. Explicou que pessoas do mundo inteiro vêm visitar este fenômeno que é tão bonito.
Ao ouví-la dizer "fenômeno tão bonito" o homem imediatamemte replicou:
"Bem, depende do que você acredita."

Saí do crop circle sem ter a oportunidade de finalizar propriamente o trabalho que estava realizando, e essa frase não saiu mais da minha mente.

a caminho da formação em White Sheep Hill:
uma colina fácil de descer, não tão fácil de subir.
Pra baixo, todo santo (sic.crop circle) ajuda!


dentro do crop circle de White Sheet Hill


Pequenos buquês dentro dos círculos menores.

© Olivier Morel WCCSG

Um homem muito sábio disse uma vez que quem acredita é a nossa mente, e que quando polarizamos a nossa consciência além dela, deixamos de acreditar em algo e passamos a vivê-lo.

As pessoas acreditam em muitas coisas:
Acreditam em estabilidade, em um universo que está em constante movimento;
Acreditam que o problema está sempre na situação, nas relações e, principalmente, acreditam que o problema é sempre o outro;
Acreditam em Papai Noel, Coelho da Páscoa e todas essas coisas que estimulam o materialismo desenfreado. Depois que crescem e deixam de acreditar, acham bom que as crianças acreditem nessas coisas pois acreditam que isso faça bem para "fantasia" delas.
Acreditam que os recursos da Terra são inesgotáveis e que nada vai acontecer se continuarmos desmatando, consumindo, extraindo, abusando.
Acreditam que a vida é isso que acontece entre o nascimento e a morte, e têm tanto medo daquilo que dizem acreditar que passam o tempo focadas em si mesmas, tornando-se incapazes de perceber o que está ao redor delas, e de se doar para o equilíbrio da totalidade.

Não sei no que acredito pois não me baseio mais nessas coisas, pelo menos no que diz respeito aos crop circles.
Eu sei do processo pelo qual passei antes de chegar aqui, que foi orientado e inspirado por algo que não conseguiria pôr em palavras;
Eu sei que quando entro nessas formações, sinto uma vibração muito especial, que é diferente em cada círculo, e que me permite entrar em um estado de pura contemplação. Isso para mim é real e faz muito mais sentido do que todo o resto.

Acreditem ou não ;)

Amor e Luz a todos.

quinta-feira, 24 de junho de 2010


Andar por Devizes é sempre agradável e a cidade guarda pequenos e adoráveis detalhes, como estes "guarda-leiteira" (nome inventado) em casas vitorianas. São da época em que o leite vinha em garrafa e a mesma era reutilizada. Ao invés de deixarem as garrafas na soleira da porta (e correrem o risco de serem chutadas pelo primeiro desavisado voltando de um pub no meio da madrugada) elas eram colocadas nestes espaços devidamente identificados e adornados. Hoje são casas vitorianas para aranhas metidas a besta, ou "posh spiders".

Passeando pela cidadezinha também colhi algumas imagens-pérolas, daquelas que valem a pena serem divididas.

"Crianças desacompanhadas serão vendidas como escravas."

Jesus também vai ao cinema. É o milagre da multiplicação das pipocas. Leluia!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Bênção


Já passavam das três da tarde e eu havia acabado de entrar no escritório do WCCSG quando o Olivier recebeu uma mensagem do piloto que normalmente voa com ele, dizendo que havia visto um novo crop circle perto de um bosque chamado Savernake Forest em Marlborough.

Não demorou muito e estávamos a caminho, seguindo as coordenadas do piloto. Não sabíamos exatamente a localização do crop circle e essa é a parte mais excitante do safari, quando nos vemos pela estrada, observando atenciosamente os campos que se extendem até onde a visão alcança, nos aventurando pelas enormes plantações à procura de um círculo sagrado, esses santuários secretos que muito frequentemente, se escondem dos olhos dos mais distraídos ( e muitas vezes, até dos mais atentos).

Consegue ver o crop circle neste campo de trigo? Nós também não conseguimos.

Vasculhamos um campo de trigo enorme, seguindo a orientação do piloto (e a intuição da Francine), mas não conseguimos encontrar o crop circle. Felizmente o Olivier iria voar logo mais para fazer suas fotos, e poderia localizá-lo com um pouco mais de precisão.
Fomos então até uma pequena pista de pouso/decolagem, onde funciona uma escola para pilotos e Olivier decolou em seu avião ("microlight" actually). Enquanto isso, aproveitamos para tomar um chá, dar comida para um gato (que estava faminto) e molhar algumas plantas (que estavam sedentas).

De volta ao solo, Olivier nos mostrou as fotos que havia acabado de tirar: elas mostravam uma formação muito bonita e interessante (como sempre) baseada na estrela de três pontas com formações de diamantes nas pontas maiores. Mais uma vez, absolutamente incrível.


Voltamos próximo ao lugar de onde havíamos saído, no campo do outro lado da estrada, e conseguimos finalmente encontrar a formação.


as diferentes direções das plantas vistas do solo
parecem não fazer muito sentido, mas de cima criam
texturas e padrões de luz e sombra



no centro do círculo


várias linhas convergendo para um ponto central,
onde a energia era bem concentrada.


Cada crop circle
tem uma história, um símbolo, uma energia. É realmente uma coisa mágica vivenciar estes fenômenos com tamanha proximidade. Ouvi Francine dizer que era uma "bênção" podermos estar tão próximos destes pontos de intersecção dimensional, destas pontes que unificam estados de consciência distintos. Me senti realmente abençoado e entrei no círculo com a intenção de compartilhar este estado de espírito com todos, de poder vibrar isso para o mundo.

a formação central vista bem de perto.

Muitos croppies já estavam por ali quando entramos. Uns são mais sensíveis, outro menos, mas no fim sempre acontece de trocarmos informações e a conversa é sempre muito evolutiva e agradável. Enquanto o sol se punha, a lua se erguia em perfeita oposição, fechei os olhos e silenciei por alguns instantes.

eu na excelente companhia de Einstein.

detalhes das linhas do desenho

Por fim, saí do círculo com muita reverência e gratidão, sob um céu multicolorido e a alma em estado de profunda comunhão com a natureza e com a essência daquilo que nos move e que tem infinitos nomes.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Solstício

© Olivier Morel WCCSG 2010

Todo ano, no solstício de verão, um novo crop circle aparece. Não foi desta vez que a tradição foi quebrada e uma nova formação foi encontrada logo cedo.

Eu estava no escritório do WCCSG, (eu havia marcado de finalmente me encontrar com a Francine) quando o Olivier ligou dizendo que havia acabado de sobrevoar e fotografar um novo círculo. Fiquei super animado com a notícia, especialmente quando ouvi Francine dizer que iríamos visitá-lo logo mais.

Não demorou muito pra que o Olivier voltasse para o escritório com fotos incríveis e trazendo boas e más notícias. A boa era que a formação era muito interessante, mais uma vez contendo uma espécie de código. A má era que o fazendeiro não estava sendo nada amigável, e já havia enviado uma carta a um site que funciona como uma espécie de boletim diário dos croppies, dizendo que não admitiria esse tipo de vandalismo nas suas terras (hein?) e que se houvessem pessoas visitando suas plantações ele iria cortar o desenho com o trator. Not all farmers go to heaven, you see...

Francine, que já é mais do que familiarizada com esse tipo de situação, soube contornar tudo com muita elegância e neutralidade, e preparou-se para ter uma conversa esclarecedora com o tal fazendeiro.

Chegamos ao vale de Pewsey, que não é muito longe de Devizes, e Francine desceu do carro sem muita conversa com ninguém. Resolvi seguí-la, afinal de contas, se existe alguém que sabe por onde ir num crop circle que acabou de chegar, esse alguém se chama Francine Blake.

Ela caminhou até o centro do desenho e eu fui atrás. Sentei no centro do círculo central e instantâneamente minha glândula pineal começou a pulsar intensamente. Isso acontece sempre quando faço exercícios de vizualizações com símbolos, mas normalmente leva um tempo pra ativar o mecanismo. Desta vez não dependeu de mim e não precisei me concentrar nem um pouco para que a pulsação acontecesse de maneira tão marcante e presente.

Depois de um tempo em contemplação, deitei no mesmo lugar e senti uma conexão expontânea com a energia solar (mais uma vez, o dia estava muito bonito). Fiquei ali deitado por um tempo, entorpecido mais uma vez por aquela energia tão vibrante.

uma das "linhas" mais finas que dividem as 20 casas do círculo, vista do chão

Quando abri os olhos, vi sobre mim um fluir de minúsculos pontos luminosos, que corriam no fluxo dos contornos do desenho. Por um tempo fiquei meio perplexo, achei que se tratava de uma ilusão causada pelo sol. Fiquei tentando me convencer de que havia uma explicação mais "aceitável" para aquilo. Foi só depois de ter aceitado o fato de que realmente eu estava vendo o fluir de um campo energético que aquilo desapareceu da minha visão.

Mais tarde, Francine fez uma explanação sobre a energia dos crop circles que eu achei muito interessante. Ela disse que a energia em si, é neutra, e funciona como um potencializador. Tudo depende do que levamos para ali dentro. Se entramos em um estado perturbado, isso se potencializa. Se entramos na mente, a mente se potencializa. Se entramos conectados com o espírito, isso também se potencializa, e por aí vai. Sem dúvida nenhuma, foi a experiência mais forte e misteriosa que tive até agora.

Um rio de trigo. A energia flui na mesma direção das plantas.

Detalhes do desenho visto do chão.

O centro do desenho.

Para maiores informações visite www.wccsg.com

domingo, 20 de junho de 2010


Olivier Morel é um francês que morou um tempo em Figueira, onde nos conhecemos a uns dois anos atrás. Foi lá que ele, como eu, conheceu Francine Blake e acabou vindo pra cá trabalhar com ela. É ele que, dentre outras coisas, voa pelo WCCSG (Wiltshire Crop Circle Study Group) toda vez que um novo crop circle aparece, pra fotografar de cima e revelar os desenhos que não somos capazes de ver do solo. E claro, acima de tudo, é um sujeito pra lá de gente boa.

Ontem à noite ele me ligou (Francine passou meu telefone pra ele) me convidando pra visitar algumas formações hoje.

O dia esteve muito bonito, com o céu aberto e sol forte. Começamos pelo circle de Silbury Hill, no qual eu já havia estado nos últimos dias. Olivier havia marcado de encontrar um grupo de pessoas ali. A região estava bem movimentada, por conta da festa de solstício que acontece na madrugada de hoje.

Partimos de lá rumo à formação perto de Liddington Castle. O desenho visto de cima é esse:


Essa formação é bem interessante, a paisagem é realmente muito bonita e notei inúmeras rochas por perto dessa plantação (também cevada). O feeling dentro deste crop circle foi bem contemplativo e silencioso.

De lá migramos para o tão esperado crop circle de Chirton Bottom, perto de Urchfront. É a formação mais recente, apareceu dia 16 (finally, a "fresh" one!).
Eu já havia combinado de visitar a formação de Chirton Bottom com a minha mais nova amiga, Julia Fairfax, uma alma que (re)encontrei após uma tentativa frustrada de encontrar um circle (tudo bem, encontrei a Julia). Ao sairmos de Liddington, ela me mandou uma mensagem de texto dizendo que já estava a caminho de Urchfont. Pure sincronicity.

Realmente, há muita diferença entre um crop circle recém formado e um mais "antigo". A energia é muito mais presente e vibrante e pode-se perceber muito melhor o desenho como um todo. Os caules são dobrados de forma tão perfeita que criam um movimento impressionante, fluído, como um rio. Os detalhes são hipnotizantes, e tudo leva a uma contemplação muito, muito profunda.
Deitei por algum tempo em um dos círculos e me deixei ser absorvido por esse magnetismo especial. Depois ficamos conversando um bom tempo, trocando informações, ideias e foi tudo mais uma vez meio mágico. Me fez enternder um pouco mais essa coisa de entrarmos realmente em uma outra dimensão quando estamos dentro destes misteriosos círculos.

sábado, 19 de junho de 2010

(RE)BIRTH DAY


Este silêncio faz despertar no coração uma alegria profunda.
Precioso este momento de paz.
Felicidade pelo todo.
Amor por tudo.
Preciosa esta sensação de simples plenitude.
Nada mais simbólico do que fechar um ciclo (e abrir outro) dentro de um círculo.
"O melhor lugar do mundo é aqui
e agora."

Thanks to Julian for such a poetic picture (and for being up in that field with me). Cheers!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O primeiro crop circle a gente nunca esquece...




Eis que finalmente, meio que sem programar, visitei pela primeira vez uma formação em um campo de trigo.

Eu havia me preparado para ir até Avebury, que fica a mais ou menos 2o minutos de Devizes. Avebury é um lugar mágico, um sítio arqueológico com mais de 5000 anos.

Ouvi dizer que originalmente tratava-se de um templo em forma de serpente , que energizava o rio que passa por ali, fazendo com que ele voltasse ao seu leito permeado por uma energia de cura, e distribuindo essa energia por todos os outros rios do sul da Inglaterra.


Hoje, as enormes rochas restantes impõem-se como guardiãs do tempo. Pude caminhar entre elas, tocá-las e me integrar à aura desse lugar tão especial.

Dei a volta ao redor de Silbury Hill, que ao contrário do que pensam os arqueólogos mais ortodoxos, não é a "primeira montanha artificial da Europa" e bem na frente dela, avistei o bendito! Foi uma pernada pra chegar até ele. Subi a colina em meio a uma imagem que mais parecia uma pintura bucólica e...ali estava eu, dentro de um genuíno crop circle.

Deitei bem no centro da formação e uma suave garoa, como uma bênção dos céus, comecou a se precipitar sobre o meu rosto suado (embaçando os óculos a la Zelda Scott). Eu estava sozinho, o grupo que subia a colina comigo havia se atrasado por algum motivo, e por alguns instantes, eu comunguei naquela solidão com aquele espaço, com aquela energia.



Essa formação já está ali a algumas semanas, e segundo os crop circlers (ou croppies), a energia é mais presente quando o desenho ainda está "fresh". Outros virão sem dúvida, mas este com certeza, "fresh" ou não, mostra que a jornada que mal começou, já marcou profundamente.


Devizes é uma cidadezinha bem simpática, tem de tudo e de todos. Tem igreja medieval? Teeeeem (contei duas). Tem supermercado? Teeeem (três!). Tem lojinha de comida veggie? Teeeeem (várias, oba!). Só não tem starbucks. Uma gente educada e simpática, que puxa papo no ponto de ônibus, oferece carona e é super crop circle friendly.